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Com que roupa eu sou?

Atualizado: 10 de out. de 2019

Durante muito tempo reciclamos tendências vindas do exterior com um delay significativo e a globalização acompanhada das ferramentas digitais tem proposto uma facilidade absurda quando se trata de moda e comportamento, principalmente dentro dos setores criativos. As publicações direcionadas a coletivos específicos têm buscado brechas para atender aos curiosos que invadem esse ambiente tão direcionado como por exemplo, revistas de moda feminina que atraem homens com matérias sem gênero através pluralidade.

O cenário brasileiro da criatividade agênero anda colocando suas manguinhas de fora, a passos curtos, porém com personalidade. Mercado Livre que o diga, ao lançar nesse segundo semestre uma seção de moda sem gênero, segundo a diretora de marketing da empresa, Danielle Crahim, "todos têm a liberdade de se vestir como quiserem. O importante é se sentir confortável, por dentro e por fora". Cabe considerar que essa máxima deveria ser exposta como fundamental na escolha do seu look perfeito, independente da sua definição de gênero.

O comercial é direto, jovens livres celebrando as vantagens pertencentes ao seu habitat, embalados por uma musica animada e conduzindo esse consumidor a acreditar que o melhor ainda está por vir. Resultado disso: o engajamento por todas as plataformas em que foi exibida. Direcionando essa interpretação para a criação publicitária com a visão do marketing como base para entender as necessidades do público, é possível perceber que mesmo em um momento que o tradicional tenta tomar a população, temos essa moda plural como representação de liberdade e rebeldia contra a padronização do politicamente correto.

Imagem: Mercado livre

Como um admirador da moda como expressão, confesso já ter me questionado há uns dois anos atrás quanto a gostos pessoais ao ser indagado por uma vendedora ao buscar itens considerados do setor feminino, no caso por se tratar de uma camisa de botão estampada, simplesmente por ser do gênero oposto.

Veja só como a criatividade pode influenciar no comportamento de uma sociedade, durante a semana de moda internacional diversas marcas renomadas buscaram exponenciar o “antigo unissex” para genderless. A Lacoste apostou em uma linha criativa ressaltando o esporte e a liberdade nos movimentos, direcionados a todos os interessados nessa forma de consumo. O Brasil possui marcas que já se nasceram com esse DNA, a marca Pangeia, por exemplo, cria peças que vão de camisetas a saias, abusando da personalidade e ofertadas com um preço bem amigável.

A roupa que usamos é uma extensão da nossa personalidade e dessa forma deve ser fiel às nossas preferências, e as marcas estão atentas a essa máxima. Pontuando novamente o início de nossa conversa quando falávamos sobre a ação do Mercado Livre, é possível identificar a fidelidade do posicionamento da marca, conforme a diretora de marketplace, Cristina Farjallat, relata "temos no grupo uma preocupação com sustentabilidade, com o respeito às pessoas, com a diversidade e com a liberdade que se reflete na nossa operação cotidiana, então esse tipo de iniciativa é natural".

Será a chegada de um looping de informações e da moda confortável de forma independente de qualquer padronização? Pelo visto o melhor de fato está por vir. Enfim, como já diria o presságio de George Michael em seu clássico Freedom! 90 “I just hope you understand, Sometimes the clothes do not make the man”.


Por: Vini Borges

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