A frase "a revolução não será televisionada", do filme de mesmo nome sobre Hugo Chávez, cai como uma luva para o futuro da publicidade. E, na verdade, ela até pode ser televisionada, mas será que os consumidores irão assistir? A primeira vez que a publicidade digital ultrapassou o investimento na TV foi em 2017, nos Estados Unidos.
E você já notou o quanto o marketing digital mudou desde que ele virou a principal estratégia e a galinha dos ovos de ouro das empresas do mundo todo, de todos os setores e tamanhos? Ele está mudando agora mesmo. E isso faz com que a gente precise ficar atento às tendências do marketing digital, aos movimentos do mercado e, principalmente aos novos comportamentos do consumidor.
O cenário digital continua mudando e crescendo, mesmo depois de ter alcançado o topo. As mídias sociais, o streaming e a facilidade de criar ou consumir conteúdo digital tornaram a internet um lugar para a construção de relacionamento e estratégias de vendas.
- Mudança de perfil demográfico para cada rede.
O Facebook ainda é a plataforma de mídia social número 1 no mundo, com 41% dos seus usuários com mais de 65 anos.
Para o marketing voltado para um público sênior, simplesmente não há melhor plataforma. Por outro lado, a rede enfrenta uma contínua queda de popularidade com a demografia mais jovem, tanto que a relação entre o público e o Facebook pode estar mudando.
O Instagram já ultrapassou um bilhão de usuários, isso significa que é uma das plataformas de mídia social que mais cresce, e grande parte da sua base de usuários é o de maior em volume no mundo todo, estando abaixo dos 30 anos.
- Cada vez mais mobile
Para começar, como já podemos perceber, somos cada vez mais impactados por publicidade em nossos celulares. A publicidade em vídeo e banners cresce e o aparelho domina em todos os cenários.
De 2016 para 2017, segundo relatório da IAB, Interactive Advertising Bureau, o crescimento do formato de vídeo digital nos Estados Unidos foi de 33%, chegando a US$ 11,9 bilhões. E 54% dessas peças são vistas no celular. E isso nos leva para o terceiro ponto:
- Vídeo é uma obrigação
O YouTube já tem mais de 1,8 bilhões de usuários ativos mensais.
Embora seja a maneira mais popular de consumir vídeos, ainda mais popular do que o Facebook, isso não significa que você não deva colocar vídeos no Facebook ou em qualquer outra plataforma de mídia social.
O vídeo produz métricas de marketing digital incrivelmente precisas e valiosas para fornecer dados muito mais úteis sobre o desempenho de esforços específicos.
Quer você esteja criando vídeos para o Instagram, Facebook, YouTube ou até mesmo para seu próprio site, ele é uma ferramenta de marketing digital incrivelmente eficaz e de primeira linha.
Você pode capturar e transmitir muitas informações, bem como compartilhar a personalidade de sua marca com o vídeo. Contanto que você se atenha aos fundamentos da boa produção de vídeo, você pode obter ganhos impressionantes. E quando a gente fala em vídeo, precisamos falar sobre outra tendência importante:
- Vídeo ao vivo é uma coisa separada
O vídeo ao vivo é uma categoria separada do que falamos acima e uma das maiores tendências de marketing digital para empresa nos próximos anos.
Embora o vídeo seja uma ferramenta valiosa, uma das estrelas em ascensão no marketing digital é o uso de vídeo ao vivo.
Parte disso se deve ao grande aumento nos serviços de streaming e das ferramentas que permitem a transmissão ao vivo de quase qualquer conteúdo.
A transmissão ao vivo é especialmente relevante para o marketing digital quando combinada com o marketing de influência.
Seja a nova geração de influenciadores de mídia social ou fontes tradicionais, como celebridades, atletas e músicos, ter uma marca relacionada a uma transmissão ao vivo de um influenciador, que esteja interagindo diretamente com os consumidores, é um grande atrativo para o público.
Uma transmissão ao vivo de influência é uma forma incrivelmente útil e de alto alcance de marketing digital no momento e, se em 2018 começou a ganhar vida, é uma das tendências de marketing digital que vieram para ficar.
A espontaneidade e a interatividade da transmissão ao vivo podem, sem dúvida, ser uma grande atração quando feita corretamente, com uma personalidade bem escolhida.
- Publicidade como ciência
Para a comunicação personalizada de fato, é preciso uma boa dose de tecnologia. É aí que entra a publicidade cognitiva. Em linhas gerais, o machine learning é aplicado para aprender o comportamento de cada ID de dispositivo eletrônico e, consequentemente, de cada usuário. Essa utilização da inteligência artificial na publicidade, associada ao aumento na parcela de smartphones conectados, viabiliza um outro nível de customização e proporciona uma melhoria nos resultados.
Segundo Francesco Simeone, diretor de negócios da Logan Media Brasil, agência de mídia, marketing e desenvolvimento de soluções para mobile, em uma entrevista para o Meio e Mensagem, a chamada publicidade cognitiva é essencial para colocar o foco nas pessoas e em suas narrativas. E aí entra mais uma tendência importante:
- O uso do Chatbot aumentará
Os chatbots são softwares que atuam como um “atendente virtual”, comunicando-se com os usuários e ajudando-os a completar suas metas dentro das plataformas da sua empresa.
Os chatbots interagem com os humanos de forma natural, principalmente através do uso de janelas de chat de texto, mas interações verbais também são possíveis.
Tudo, desde o fornecimento de relatórios meteorológicos até a automatização de algumas funções básicas de suporte ao cliente, pode ser facilmente manipulado por esse software sofisticado.
Os bots permitem que os usuários obtenham interações personalizadas e focadas sem exigir muito dos recursos humanos limitados.
- Uma publicidade mais relevante
Vivemos hoje em um mundo em que podemos ignorar banners, pular vídeos, e fugir da publicidade convencional usando assinaturas de serviços de streaming. Para sobreviver a este movimento, é necessário que a publicidade se torne cada vez mais pessoal e relevante. Um estudo da Rocket Fuel indicou que 80% dos millenials reconhecem valor em marcas que personalizam as suas ofertas e a sua comunicação.
A.J. Wilcox, fundador da B2Linked, agência de comunicação focada no LinkedIn, afirma que "o futuro da publicidade será esta hiper-personalização e hiper-customização para o indivíduo. E nós já temos todos os dados que importam para atingir as pessoas. Agora, é só uma questão de poder usá-los de maneira escalável."
E por isso é importante bate na mesma tecla mais uma vez:
- Bom conteúdo ainda é importante
Seja em qualquer rede social, para qualquer público, seja em vídeo, ao vivo, podcast ou em texto, o conteúdo precisa ser relevante para a sua persona.
O marketing de conteúdo continua sendo um componente essencial do marketing digital, embora haja uma ênfase crescente na nuance do conteúdo.
A qualidade sempre vai importar muito, mas agora, as tendências do marketing digital de conteúdo, estão relacionadas ao interesse renovado em investigar com mais profundidade quem são os destinatários pretendidos.
Ter uma compreensão mais profunda e sofisticada de um mercado-alvo e ser capaz de atingir esse mercado com mais precisão é uma tendência crescente em marketing mais eficaz.
O material especializado para indústrias ou especialistas específicos pode produzir resultados impressionantes. Isso, combinado com o aprimoramento de técnicas para medir a eficácia do conteúdo, mantém o marketing de conteúdo relevante e avançando.
- O e-mail está ficando mais personalizado
E-mail continua a ser um importante canal de comunicação, com bilhões de pessoas ainda usando para fins pessoais, comerciais, industriais, legais, científicos e acadêmicos.
Em outras palavras, o email chegou para ficar, e o email marketing em si, continua sendo importante.
No entanto, o marketing por e-mail está evoluindo e os disparos genéricos não são tão eficazes quanto eram antes. Agora, é necessária uma combinação de automação de e-mail marketing e, mais importante, a segmentação e personalização que torna a estratégia importante para 2020.
Quando você pode acionar seu e-mail marketing para algo específico, como contactar um usuário navegando em um determinado produto, e depois acompanhar com um preço promocional ou vídeo de demonstração em um email personalizado, isso pode ser muito eficaz.
E-mails costumam ser o “gatilho” final para motivar uma ação, especialmente quando combinados com suas técnicas de remarketing.
- Influenciadores de nicho
Você já deve ter se deparado com anúncios em que os protagonistas são pessoas teoricamente desconhecidas. No entanto, se foram chamadas para estrelar comerciais, isso significa que devem ser relevantes para alguém, não concorda? E realmente são. As marcas já perceberam que existem influenciadores fora dos grandes holofotes, pessoas que têm muita credibilidade em determinados segmentos. Pois eles podem ajudar!
Antes da era digital , os pequenos (ou mesmo médios) anunciantes nem sempre podiam pagar o cachê de uma celebridade. Após essa transformação, eles passaram a ter a oportunidade de encontrar produtores de conteúdo que falam com o mesmo público, o que tornou a publicidade menos centralizada e mais voltada para os nichos que trazem retorno às empresas.
- Inove para fazer parte do futuro da publicidade
A publicidade faz parte do dia a dia de todos, alavanca o negócio de empresas e, durante muito tempo, foi o combustível para a maioria das mídias. Porém os dias atrativos de diretor de agência de Don Draper da série Mad Men estão cada vez mais distantes. O romantismo e a arte tiveram que dar espaço para análise de dados e tecnologias disruptivas. Estar atualizado sobre o futuro da publicidade é essencial para qualquer negócio e, para acompanhar as mudanças, adote as tecnologias.