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A hora de mudar é agora! Adapte-se

Escrito por Uriel Gonçalves, head de conteúdo da YouGo


Esses dias vi no Instagram de algum amigo que estamos todos afundando, a diferença é que alguns possuem botes salva-vidas, e outros apenas coletes. Isso mostra que o impacto da crise que estamos vivendo tem efeitos diferentes e depende muito do contexto. Como negócios, ela fez com que algumas das linhas de receita mais proeminentes de algumas empresas parassem completamente ou se tornassem obsoletas.


E é necessário se acostumar e se adaptar, por que nós teremos, provavelmente, um longo tempo vivendo com restrições, com limitações de encontros em espaços fechados, espaços públicos e viagens, além de novos padrões de higiene. As comunidades estão desenvolvendo novas habilidades e comportamentos em respostas a esses novos padrões que vieram pra ficar. Alguns talvez nunca queiram abandonar o home-office, outros talvez diminuam suas interações sociais mesmo com as restrições suspensas, com redução nas interações físicas, mas as nossas emoções e necessidades por conectividade continuam por aqui e tendem a ficar ainda mais fortes.


Na Low Touch Economy, coisas que não podem ser 100% digitais serão livres de toque, e aquelas que podem, irão operar 100% digitalmente. Isso significa que seu produto que antes habitava um espaço próprio, agora provavelmente estará dentro da casa de seu usuário.


Separei algumas perguntas que podem te ajudar a inovar e se tornar resiliente.


- Qual parte ou aspecto do seu negócio ainda é relevante agora?

- Qual parte ou aspecto do seu negócio pode atender as necessidades do seus clientes que você não percebia antes?

Vamos aos exemplos, por que não é só de "suposição" que vive o ser-humano. Se você pode testar novas coisas e explorar novos mercados, adapte-se e mude. Já vi destilarias e cervejarias mudando as linhas de produção para produzir desinfetantes de mãos (ou álcool-gel).



Outro exemplo, você já ouviu falar na Cozinha de Combate? Ao invés de manter o modelo de negócios com delivery, eles decidiram trabalhar com uma longa linha de produção para fazer e entregar comida de qualidade para pessoas em vulnerabilidade (em situação de rua ou sem teto). E agora o novo modelo deles é baseado em doações, e com isso foram capazes de manter todos os funcionários durante a crise, enquanto o alcance e a marca estão expandindo. É bem possível que quando o pico passar, eles retomar outro modelo de negócio, porém até lá eles vão ter alcançado uma legião de novos consumidores fiéis e que, mais tarde, irão querer se manter engajados.



- Quais as necessidades novas e emergentes que você tem observado de seus clientes/usuários e parceiros?

- As prioridades mudaram. Como você pode se adaptar a isso?

Muitas empresas tiveram que adaptar seu modelo de negócio para ficar on-line, criando novas experiências digitais. E vamos de exemplos novamente: a gravadora chinesa Taihe Music Group lançou um clube de música on-line, com parceria de várias marcas de bebidas e transmissão ao vivo dos DJs do grupo. O banco NEXT fez a #quarentEMO junto com o Lucas Silveira, da Fresno, com doação de cestas básicas, onde arrecadaram mais de 8 mil doações. Também teve a live iluminada do DJ ALOK, com 27 milhões de visualizações. E saindo do ramo da música, a rede de hoteis ACCOR criou o "room-office", para hóspedes que precisam de um escritório particular para o dia.



- Como você pode redesenhar a oferta de seu produto para entregar uma nova experiência ou valor para os seus clientes, e também fazer seu negócio prosperar durante a pandemia? Repense a experiência do seu consumidor e redesenhe sua oferta.

Alguns negócios possuem diferentes problemas. Supermercados ao redor do mundo se viram com um aumento de vendas, acarretando em problemas que vão da distribuição à entrega. E o exemplo da vez? Harris Farm, um supermercado australiano, criou uma caixa "No Choice" (ou sem escolha), onde você compra uma lista de produtos pré-determinada e eles prometiam entrega rápida, de um dia pro outro.


E seguimos, a Amaro criou uma modelo virtual para estrelas as campanhas, já que não podem mais fazer sessões de foto com modelos reais. E ela já tem nome, signo e biografia. A Mara é uma taurina, mãe de várias plantas e uma amante de cachorros, e a Amaro já disse que ela vai se tornar uma modelo de longo prazo da marca. Eles também criaram uma plataforma digital de e-commerce para outras marcas da indústria da moda venderem seus produtos, atuando como um ecossistema.

- Você ainda está fazendo seus negócios como se estivesse em 2019?

A realidade mudou e estamos vivendo o novo normal. Então, como você pode transformar o seu produto existente em uma experiência digital? As empresas tendem a pensar em transformação digital como uma maneira de reduzir custos e escalonar os negócios, mas as expectativas dos usuários são bem diferentes. Uma experiência digital significa que seus usuários esperam acesso à sua oferta de produto a qualquer momento; também esperam um melhor custo-benefício e personalização. Ao se adaptar e mudar, qual produto digital você criará? Pense em sua proposta valor e em sua jornada de serviço de ponta a ponta.


Enquanto ainda estamos isolados em casa ou evitando aglomerações, é essencial pensar como acelerar ofertas digitais. Um redesenho rápido de produtos e ofertas digitais é sua maneira de continuar se mantendo relevante e resistindo à disrupção causada pelo vírus.

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